Guimarães, cidade da Europeira da Cultura que, evidentemente, os Fingertips teriam de pisar. Mal chegaram, começaram por admirar a beleza da cidade berço de Portugal: magníficas ruas, longas avenidas cheias de gente e encantadores locais com cheiro a história. Cada recanto com sua magia e cada casa o seu coração, literalmente (até nas passadeiras está desenhado um).
Ao chegar ao C.A.E. de São Mamede, parei e reparei nos grandes cartazes que se encontravam na porta e lá entrei em busca da voz que antes ouvira, em entrevista, na rádio Felgueiras. Pé ante pé, desci pelas escadas e fui dar com a Joana empenhada no seu trabalho de preparação para o concerto. Os restantes membros foram chegando e, com eles, a agitação: o ínicio das afinações, luzes, som...
No entanto, reservado um pedaço do seu tempo para visitarem a delegação de Guimarães da Cruz Vermelha, instituição acolhida pelo Bilhete Social nesta passagem da banda por Guimarães. Foram recebidos de braços abertos e com imensos sorrisos, conversaram com a responsável sobre alguns dos seus projectos e visitaram as instalações.
Mas a noite aproximou-se a passos largos e eram 22h20 quando pude reparar: sala cheia, entusiasmo, energia e boas vibrações. No backstage, os músicos preparavam-se para mais uma subida ao palco…mas desta vez, com o árduo trabalho de tentar convencer o Marito que um colar de bolas brancas não tem nada que favoreça o seu tom de pele!!! (haja boa disposição)
22h27: Início do espectáculo. O silêncio fez-se na sala, as luzes apagaram-se e subiu ao palco a banda que tantos desejavam ver. Os aplausos foram imediatos. Não pude deixar de reparar num objecto que se encontrava em cima do piano. Viram, viram? E alguém pode dizer-me o nome deste tão típico objecto vimaranense??
Após hora e meia de um extraordinário concerto o público não resistiu a cantar de pé o novo single “Running out of time”, deixando saudades daquele palco. E foi de pé, também, que este público vimaranense aplaudiu os Fingertips, tecendo nobres elogios à banda e esperando a notícia de que em breve poderão voltar.
E o grupo não perdeu a oportunidade de evidenciar “Eu faço parte” !!
- Bunny
Os Fingertips dedicaram o seu dia de hoje à natureza!
Mais uma noite...desta vez, um pouco mais tardia, mas assim são as "exigências" dos noctívagos Conimbricenses!!
- Bunny
"A subida ao palco é dentro de 5 minutos" ouviu-se dizer. Estávamos todos preparados, passámos a porta perigosa e entendemos-lhe então o significado...a radioactividade no espaço em cima do palco era brutal e rapidamente contagiou o público. É assim que vemos descrita a noite de sexta, mas estamos longe, mesmo muito longe, de parar por aqui.
Afinal de contas, esta foi a ignição para os 24 concertos que se aproximam. E a grande estreia é já sexta-feira, dia 2 de Março, no Cinema São Jorge!! Será um dia especial, um dia de festa. E, como tal, os preparativos têm-nos consumido todo o nosso tempo. É como quando éramos crianças e preparávamos com bastante antecedência a festa do nosso aniversário. Até fazíamos listas: o nomes dos convidados, balões, a cor dos guardanapos, a música que poderíamos passar ou jogos que se poderiam fazer, o bolo de aniversário e o tipo de velas...ah, e claro, nunca esquecer, os confettis !!!!
A nossa lista agora é bem mais arrojada, podemos confessar. E, agora, estamos a dar os últimos retoques ao concerto da ante-estreia: umas luzes aqui, uns outros sons acolá... Um laivo de guitarra corta o espaço, as melodias cruzam-se no ar, a voz ataca a corrente musical enquanto o piano se deixa embalar pelo calor do baixo. Tudo começa novamente. Energia, muita energia que o dia está mesmo a chegar!
Uma porta perigosa??? Não é que seja propriamente assustador, mas sendo a porta de acesso ao palco, impõe um certo respeito!! Principalmente pela advertência seguinte "não fechar durante o espectáculo"...se algo correr mal, não vamos poder fugir do palco?? E só agora é que nos avisam!!! Então, atenção que agora quem faz os avisos aqui somos nós: esta noite, no palco, prevê-se uma forte tempestade eléctrica..ninguém vai querer pertencer a outro lugar...não há meio de fuga porque ninguém vai querer perder este espectáculo!!!
Let it turn the beat so good..we've got nothing to lose, oh yeahhhh
Depois de algumas horas, em que o próprio silêncio já se assemelha a um ruído constante nos ouvidos, finalmente fez-se fumo branco na sala! Olhámos para a plateia, vazia de corpos mas cheia de tudo aquilo que se pode desenhar na nossa mais profunda imaginação. Quem virá encher este espaço, ocupar estes lugares, murmurar entre as canções, aplaudir e cantar a plenos pulmões?